arrocho: s. m., acto de arrochar; pau curto arqueado para apertar a carga ao lombo das bestas; porrete; cacete; fig., opressão; rigor.
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publicado por ronin, em 13.09.09 às 23:43link do post | favorito

Quando alguém escreve aquilo que pensamos resta-nos cita-lo:

 

 

 

"Tivemos, no futebol português, a designada 'Geração de Ouro', da qual faziam parte nomes como Figo, Rui Costa, Pauleta, Paulo Sousa, Abel Xavier, Sérgio Conceição, Fernando Couto ou Baía. Mas Portugal teve melhor: a 'Geração TuTuTu'.

 

Em 1974, um grupo de quadros médios, apoiado nas classes inferiores das organizações, e acusando de "fascistas" a elite dos quadros da superstrutura da sociedade política e empresarial, varreu da sua frente esses escolhos e sentou-se nas suas cadeiras.

Democraticamente, diziam muitas vezes "pá" e tratavam-se por "tu".

Cedo, essa geração chegou ao poder, alguns nem com 30 anos de idade. Ainda o alargou através da nacionalização de centenas de empresas, numa correria tal a que nem escapou uma barbearia da Baixa. Meia dúzia de comícios, umas manifs, uma passagem pela sede de um partido e a coisa resultava.

Quando foi preciso, mudaram de partido (para a direita) para manter o pezinho na pista de dança.

Receberam um país com um saldo líquido de activos sobre o exterior (posição de investimento internacional) acima de um terço do PIB (cálculo de Vítor Bento), venderam as empresas que entretanto nacionalizaram, receberam milhões da Europa, consumiram o que tinham e não tinham e reformaram-se, deixando como legado um saldo líquido de passivos sobre o exterior de quase 100% do PIB.

Isto é, receberam uma herança, juntaram-lhe outra vinda da Europa, nacionalizaram uma terceira, sumiram as três e deixaram uma dívida de um ano de trabalho. É obra para 35 anos!

Empurraram os outros da cadeira onde se sentaram, cuidaram-se bem na vida activa, e reformaram-se, alguns antes da idade dos agora impostos 65 anos, com reformas a 100% calculadas sobre os melhores anos das suas vidas contributivas.

Antes de saírem, para que os seus direitos adquiridos (reformas) se mantivessem, ainda foram a tempo de impor às gerações do futuro a reforma do sistema que lhes dará reformas muito menores.

Foi uma geração de ouro, a 'Geração TuTuTu': tudo quiseram, tudo tiveram, tudo... A esta geração juntaram-se-lhe as outras que a têm ajudado na rambóia.

Como membro de outra geração, quero agradecer à 'Geração TuTuTu' a Liberdade e a Democracia de onde escrevo o meu reconhecimento pelo vosso e nosso trabalho.

Mas a Democracia também pode ser competente.

 

 

 

João Duque, Professor Catedrático do ISEG"

 

Ronin


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publicado por ronin, em 09.09.09 às 23:52link do post | favorito

Decidi escrever umas linhas sobre a brilhante série emitida pela RTP2 A teoria do Big Bang, mas que me perdoe Sheldon, é que humor por humor Vital Moreira está em grande forma no local do costume…

 

Ronin


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publicado por ronin, em 09.09.09 às 14:52link do post | favorito

Estava à espera que este período de campanha eleitoral fosse fértil em ideias com visão, em que fossem apontados caminhos e no dia do sufrágio os portugueses pudessem escolher o rumo a seguir.

Pelo que até agora tenho visto nada disto está a ser conseguido, assistimos a candidatos que nem sequer conhecem as medidas que propõem, e tudo não passa de uma grande festa, sem que no fundo os eleitores fiquem conscientes dos caminhos que lhe são propostos (se é que são…).

Hoje apraz-me falar das grandes obras públicas, concretamente das obras públicas propostas para o interior Norte, se bem que a mesma opinião se aplique à generalidade delas.

Vejamos, será assim tão importante e prioritário para a região de Bragança ter uma auto-estrada?

A mim parece-me bem que não, atendendo aos recursos finitos, dos quais muitos se esquecem, para esta região o investimento prioritário não será certamente asfalto.

Sei que o argumento que é o único distrito sem 1km de auto-estrada já paira na mente de quem enfastiadamente me está a ler, mas vejamos: os habitantes desta região não estarão dispostos a trocar esta infra-estrutura por outra que seja verdadeiramente um investimento para todo o distrito?

E que tal por exemplo substituir este investimento por uma rede alargada de cuidados de saúde?

Vejamos os prós e contras desta medida: uma rede largada de cuidados de saúde naquela região iria primeiro dar emprego a uma serie de profissionais, logo iria levar gente de fora para a região, que obrigatoriamente teria de se estabelecer por lá, isto é viver os 365 dias do ano na região e lá fazer a sua vida.

A região sairia beneficiada porque verdadeiramente o pais estava a investir, (atenda-se ao verdadeiro significado da palavra investir que hoje aparece um bocado distorcido).

A ser implementada esta chamemos-lhe troca de investimentos estaríamos ter uma visão estratégica, estaríamos a vender cuidados de saúde também a toda a zona fronteiriça espanhola, e no fundo estaríamos como pais a ser muito mais justos para com uma região negligenciada ano após ano.

Tenham coragem de questionar as populações sobre o que preferem…

 

Este pequeno exemplo serve para contrariar o que muitos dos políticos andam a apregoar em alta voz, caros não se deixem enganar quando ouvem um politico afirmar que “este investimento só começará a ser pago no futuro”, porque ninguém combate uma crise actual com despesa futura e este sim é um ponto mais que assente.

 

Ronin

 


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publicado por ronin, em 08.09.09 às 15:15link do post | favorito

 

 

 

Ronin

 


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publicado por ronin, em 08.09.09 às 14:58link do post | favorito

0,3%, este é o valor que vai marcar os próximos dias, e como dado macro-económico que se preze irá certamente suscitar duplas leituras. De um lado aparecerá algum arauto a dar pulos de alegria a afirmar que a crise passou etc. e tal, ou seja tudo a que temos sido habituados…

Infortunadamente eu não estou desse lado, vejamos é certo que 0,3% representa uma melhoria no crescimento, é certo que é um valor que nos tira da recessão técnica, mas também é certo que este valor traduz um crescimento sustentado?

Lamento muito dize-lo mas penso que não…

Estes 0,3% podem ser explicados por duas componentes: como todos sabemos os meses de verão tradicionalmente significam um aumento da procura interna, isto é um aumento do consumo das famílias a que não é estranho o período de veraneio a que assistimos. Por outro lado surge a componente das exportações, e aqui reside a verdadeira questão: será que assistimos a um crescimento sustentado das exportações? Será que a nossa indústria aproveitou a crise para se renovar e reinventar? Ou este aumento do produto exportado ter-se-á ficado a dever à boa aposta no renovável?

Infelizmente não me parece o caso.

 

 

Outro dos assuntos que marca o dia é certamente o relatório publicado pela OCDE, e os dados nada animadores que apresenta sobre o real estado da educação do nosso pais. O que deveria passar por uma grande aposta nacional e até já foi uma paixão governamental está a seguir um rumo contra natura, a par com a falta de investimento no ensino superior, onde a diferença se situa na casa dos 2000 euros anuais por aluno face à media da OCDE. Continuamos a apostar em cursos cuja única saída é o desemprego, cursos totalmente desfasados da realidade do mundo em que vivemos e cursos que não preparam ninguém para o real mundo globalizado que se vive fora dos campos universitários.

 

Ronin

 


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